Por que tem gente que após as férias escolares deixa para
trás o corpo e a cara cansada e não consegue deixar as lamúrias e as
lamentações que faz em relação à escola?
Escritos, cartas, contos, imagens feitas por alguém que habita a escola na maior parte do dia. O que você verá escrito se confunde entre o que é real e o que é inventado. Não quero documentar, mas sim fazer da escola e das coisas que lá fervilham, alimento para a invenção e a reflexão.
27.7.12
26.7.12
Notas sobre as férias do meio do ano
Todo ano chego à escola e ouço: “Foram apenas duas semanas !
Passou voando!”
Sim, apenas duas
semanas, mas muito oportunas para
respirar, para experimentar novos tempos e talvez lugares.
As férias e o ócio, que andam de mãos dadas, nos ajudam a pensar melhor, pois respiramos um tempo
desregrado e nos movimentamos em um outro
espaço (se viajamos ou passeamos por nossa cidade).
Esse pequena pausa nos convida a refletir sobre como foi o primeiro
semestre e quais serão os planos para a outra metade do ano que está por vir. Nas
férias “fechamos para balanço” de uma maneira lenta e preguiçosa. Mistura-se
uma vida imaginária à vida real.
Às vezes a vida imaginária, a vida hipotética (“e se eu
morasse aqui , como seria?”, “se eu tivesse mais tempo livre, como seria?”) não
nos larga e fica difícil a hora da despedida.
Mas temos que nos despedir e voltar. Volto sempre com uma
leveza inexplicável, uma vontade de recriar minha vida, e como a escola faz
parte da minha vida, tenho vontade de recriar meu modo de agir, de me
relacionar com meus colegas professores e com os alunos, para que cada vez mais essa vida imaginária, essa vida que vivemos com
prazer e alegria, se aproxime da vida real.
Pela eterna continuidade do recesso aos professores e aos alunos! Pela implantação do recesso a todos os outros
trabalhadores do mundo!
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